Autor: Ygor Bernardes
02/05/2024
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, se mostrou favorável à implementação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no clube, mas com um modelo distinto das já existentes no Brasil. Ele se inspira no Bayern de Munique, onde a associação civil mantém o controle majoritário e vendeu participações minoritárias para empresas parceiras.
Landim se inspirou no Bayern de Munique, que criou uma empresa homônima à associação civil e vendeu participações minoritárias para empresas alemãs, mantendo 75% do controle. No caso do Flamengo, a ideia seria vender 25% da SAF para investidores, garantindo recursos para a construção do estádio sem comprometer o futuro do clube.
O presidente rubro-negro revelou que já conversou com possíveis investidores, tanto fundos de investimento quanto empresas. Segundo ele, a venda de 25% da SAF permitiria a construção do estádio de forma mais segura e sustentável.
Landim acredita que a SAF traria benefícios à governança do clube, pois a empresa teria um modelo mais profissional e transparente na tomada de decisões. Isso, segundo ele, ajudaria a proteger o legado da reestruturação financeira do Flamengo e evitaria decisões impulsivas movidas pela pressão da torcida.
Ciente das críticas que a SAF recebe, Landim se comprometeu a não ser CEO da eventual empresa, caso a proposta seja aprovada. Ele também se colocou à disposição para ajudar na implementação de mudanças estatutárias que garantam a continuidade de uma gestão responsável no clube.
Já falaram isso. Pensam isso. Não tem problema nenhum, eu assino um papel de que jamais serei CEO de SAF alguma, com o maior prazer. Isso não é pessoal, é um problema estrutural. Eu quero o Flamengo bem. Estou dedicando seis anos da minha vida ao Flamengo, eu poderia estar trabalhando e ganhando dinheiro. Mas faço isso pelo fato de que entrei com um grupo de malucos que veio comigo para cá. Isso aqui é um sonho nosso. De fazer alguma coisa por algo que é importante na nossa vida. Isso é difícil de explicar porque o Flamengo tem essa dimensão na vida, mas tem. – Landim
O Flamengo vem se preparando para o grande investimento no estádio. O clube não tem dívida bancária, reduziu obrigações com impostos e evita criar novas pendências. Essa estratégia visa deixar a associação pronta para as obras da futura arena.
Landim enfatiza que o modelo proposto para o Flamengo é diferente das SAFs já existentes no Brasil, que foram criadas para salvar clubes em situação financeira crítica. No caso do Rubro-Negro, a SAF seria uma ferramenta para impulsionar o crescimento e consolidar o clube como uma das maiores potências do futebol mundial.
O anteprojeto do estádio do Flamengo prevê uma arena vertical com capacidade para 80 mil pessoas. A ideia é que a construção seja iniciada até o final do ano.
A implementação da SAF e a construção do estádio próprio são passos importantes para o futuro do Flamengo. Com essas medidas, o clube busca se consolidar como uma das maiores potências do futebol mundial, proporcionando uma experiência ainda melhor para seus torcedores.
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